Descubra o que cada chorinho do seu pequeno quer dizer — e como acolher esse momento com carinho.
Ah, o choro do bebê… uma das maiores inseguranças de nós, mamães, especialmente nos primeiros meses. E, vamos combinar? Não importa se é o primeiro filho ou o terceiro: ouvir nosso bebê chorando sempre aperta o coração. Mas calma, esse momento não precisa ser desesperador.
Assim como a gente, os bebês sentem emoções e aprendem, desde cedo, a se comunicar por meio do choro. Com o tempo — e um pouquinho de observação — conseguimos identificar os diferentes tipos de choro e entender o que o nosso pequeno está querendo nos dizer.
Abaixo, te explico os principais tipos de choro e como lidar com cada situação, com todo amor e paciência que esse momento exige.
Choro de fome
Esse é um dos mais comuns — e quase todo mundo associa imediatamente. Mas nem sempre oferecer o peito ou a mamadeira resolve, principalmente se o bebê já estiver muito agitado.
O choro de fome costuma ser agudo, rítmico e insistente. Muitas vezes vem acompanhado de movimentos com a boca, como se estivesse procurando algo para sugar, além de levar as mãozinhas à boca.
Assim que identificar esse padrão, ofereça o leite o quanto antes. Quanto mais o bebê espera, mais ansioso ele fica — e isso pode fazer com que ele mame muito rápido, engula ar, e acabe com desconfortos e gases logo depois.
Choro de cansaço
Sabe aquele chorinho manhoso, contínuo, às vezes meio nasalinado? Pode ser cansaço. E sim, eles também ficam exaustos, mesmo sendo tão pequenos!
Observe os sinais: olhar perdido, esfregar os olhinhos, bocejar com frequência… Tudo isso indica que o bebê precisa de descanso. E às vezes, mais do que dormir, ele só quer silêncio, acolhimento e um cantinho seguro.
Vale checar se a fraldinha está suja, se está com calor ou incomodado com a posição. Os recém-nascidos precisam de até 16 horas de sono por dia, então descanso nunca é demais. Lembre-se de sempre escolher uma manta de bebê que seja adequada para a estação — isso ajuda a manter o bebê quentinho e pronto para dormir com mais conforto e segurança.
Choro de incômodo
Não é só a gente que se irrita com o excesso de estímulos — os bebês também têm seus dias! Esse tipo de choro é agitado, com manha e uma certa impaciência. Ele aparece quando o bebê está incomodado: pode ser com a roupa, com o barulho, com o ambiente diferente, ou simplesmente por estar fora da rotina.
Nessas horas, leve o bebê para um lugar calmo, com pouca luz e sem estímulos. Uma música suave ou sua voz cantando baixinho pode fazer toda a diferença. Mostrar que você está ali, presente e atenta, é o que ele mais precisa.
Choro de tédio
Sim, bebês também ficam entediados! E eles dão sinais. Primeiro, vêm os balbucios fofos, tentando chamar sua atenção. Depois, se não forem notados… aí vem o choro.
Esse choro costuma ser crescente — começa leve e vai ganhando intensidade. O colo, a conversa, uma brincadeira ou até um passeio dentro de casa já podem ser suficientes para acalmar e trazer de volta o sorrisinho.
Reserve momentos do seu dia para brincar, conversar e manter contato com ele. Às vezes, até mesmo vestir um body personalizado, com uma frase divertida ou o nome do bebê, pode virar motivo para risadas e conexão. Esses pequenos detalhes criam memórias cheias de afeto.
Choro de cólica
Ah, a tão temida cólica… É um dos choros mais difíceis de lidar, tanto para o bebê quanto para a gente.
Esse choro é intenso, desesperado, como um grito de dor. O bebê pode se contorcer, ficar inquieto, puxar as perninhas… A cólica geralmente aparece no fim da tarde ou à noite, e pode durar minutos ou até algumas horas.
Tente posições que aliviem o desconforto: deitar o bebê de bruços no seu braço, massagear a barriguinha ou movimentar suavemente as perninhas. Em alguns casos, o calor de uma bolsa morna (com muito cuidado!) também ajuda.
Com o tempo, você vai perceber o que mais funciona para o seu pequeno.
Choro de doença
Esse choro é mais fraquinho, contínuo, às vezes parece um lamento. É como se o bebê estivesse dizendo: “mamãe, eu não estou bem”.
Pode vir acompanhado de moleza, falta de apetite ou febre. Aqui, o mais importante é confiar no seu instinto. Você conhece seu filho melhor que ninguém, então, se sentir que algo está fora do normal, procure o pediatra.
E respira, tá? Bebês ficam doentes de vez em quando. Você vai saber o que fazer, principalmente se estiver com apoio e boas informações ao seu lado.
Choro de medo ou susto
Portas batendo, vozes altas, pessoas desconhecidas… tudo isso pode assustar um bebê. E, especialmente por volta dos 9 meses, quando eles começam a reconhecer rostos, o medo do estranho se intensifica.
Esse choro costuma vir com berros, expressão de pânico e olhar assustado. Nessa hora, o melhor a fazer é pegar seu bebê no colo, fazer carinho, acalmar com sua voz e mostrar que ele está seguro.
E quando o choro se acalma e o bebê volta a descansar tranquilo no seu colo, vale lembrar que pequenos gestos fazem toda a diferença nesse vínculo. Um toque de carinho é escolher uma saída maternidade personalizada, com o nome ou as iniciais do bebê bordadas com amor — um detalhe que transforma o momento da chegada em casa em algo ainda mais especial e inesquecível.
Choro pelo nascimento dos dentinhos
Os dentinhos costumam começar a aparecer entre os 4 e 10 meses. A gengiva fica vermelha, inchada, coçando… e o bebê quer morder tudo!
Nessa fase, tenha mordedores próprios sempre por perto e, se for o caso, converse com o pediatra sobre pomadas apropriadas. Escovar as gengivas com uma gaze ou toalhinha molhada também pode aliviar.
Essa fase é chatinha, mas passa. E quando surgir aquele primeiro dentinho… que emoção!
Choro por superestimulação
Muito barulho, muitas pessoas pegando o bebê no colo, luzes fortes… tudo isso pode sobrecarregá-lo. O resultado? Um choro irritado, como se ele estivesse dizendo “me deixem um pouquinho em paz”.
Acalme o ambiente, segure o bebê no colo, cante algo suave e ofereça silêncio e proteção. Às vezes, ele só quer descansar do mundo lá fora.
Choro sem motivo aparente
Sim, às vezes eles choram… e a gente não consegue descobrir o porquê. E tudo bem.
Especialistas dizem que é comum os bebês chorarem de 15 minutos a 1 hora por dia sem uma razão clara. Pode ser só o jeito deles de liberar a tensão acumulada ao longo do dia.
Nesses momentos, a sua presença já basta. Um colinho quente, um carinho no cabelo, um sussurro de “mamãe tá aqui”… tudo isso é bálsamo para o coraçãozinho deles.
Com o tempo, tudo fica mais claro
A convivência com o bebê ensina. No começo, parece que você nunca vai entender cada choro. Mas confia em mim: aos poucos, o instinto fala mais alto, a conexão cresce, e você aprende a escutar com o coração.
Crie uma rotina leve, com momentos certos para mamar, brincar, descansar. Isso ajuda o bebê — e você — a se organizarem emocionalmente.
E se em algum momento bater o desespero, respire. Você não está sozinha.
Conclusão
Nenhuma mãe quer ver seu bebê chorando. Mas o choro faz parte da descoberta do mundo, da forma como ele se expressa e aprende a confiar em você.
Aos poucos, você vai perceber os sinais, as nuances, os jeitinhos do seu bebê. E esse vínculo vai se fortalecendo dia após dia.
Aqui no blog da Uli&Marie, queremos caminhar com você nessa jornada linda (e intensa!) que é a maternidade. Ler, conversar com outras mães, dividir experiências… tudo isso ajuda — e muito.
E lembre-se: para o bebê estar bem, a mamãe também precisa estar. Se cuide, se acolha, e abrace com leveza cada fase do seu pequeno. Você está fazendo o melhor que pode. E isso já é tudo.
Sobre a autora
Em 2015, quando seu filho João Ulisses nasceu, Mariana redescobriu o mundo pelos olhos da maternidade. Arquiteta por formação, decidiu deixar os projetos de lado para viver, intensamente, cada momento com seu pequeno. Foi assim que, em 2020, nasceu a Uli&Marie, um projeto feito de amor, linhas e memórias — inspirado no nome de seu pai, Ulisses, e no apelido carinhoso que recebeu da avó: Marie. Apaixonada por tricot, bordado e algodão, Mariana criou a Uli&Marie para ser mais do que um e-commerce de saída de maternidade. Ela construiu um lar onde outras mães se sentem acolhidas, representadas e parte de uma rede que entende o que significa esse recomeço cheio de amor.